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domingo, 25 de maio de 2014

Velho e Novo - Álex Ivan Soares | Apólogo


Velho e novo

Certa vez estava na estrada em seu ritmo constante, um carro antigo, gasto, que já havia passado por muitos lugares desde o seu lançamento, ele gostava de viajar, mas, por sua idade também se cuidava bastante. Após alguns quilômetros, ouviu um ronco forte e intimidador atrás de si, não demorou muito a perceber que se tratava de um carro esportivo, novo que havia acabado de sair da fábrica. Ao passar pelo carro antigo disse:
- Saia do caminho vovô, o poderoso está chegando!E deu uma buzinada para o carro velho que lhe cedeu passagem. Ele passou na frente do carro antigo e começou a se exibir e então logo após foi embora, pisando fundo e deixando o carro velho na poeira, este não ligou muito e continuou em seu ritmo de sempre. Após alguns quilômetros ele o encontrou novamente, mas desta vez não estava mais tão reluzente quanto antes, sua lataria estava amassada, seus vidros e faróis quebrados, ele estava horrível! O carro antigo continuou andando devagar e sempre, notou que o esportivo o tinha dado uma olhada de canto, mas se foi, e assim continuou a sua viagem.
O esportivo? Conseguiu ser restaurado, mas não andava mais se achando o melhor de todos e cuidava para não se machucar novamente.

Álex Ivan Soares



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segunda-feira, 19 de maio de 2014

O Peão e o Celular - Nicole Thais Bueno | Apólogo


O peão e o celular

Certo dia um peão e um celular estavam lado a lado.O celular querendo se achar melhor do que o peão falou:
-O que faz aí esquecido pelo seu dono ?
O peão como quem não quer fazer intriga ficou calado.
Mas o celular provocou-lhe novamente
-Vamos lá!Me responda não acha que você deveria ficar escondido?Olha só você nao tem função nenhuma.
Nesse tempo o menino chegou,pegou o celular,olhou,não encontrou nada e desligou-o.O peão todo cheio de si falou:
-Olha só você,tá aí,esquecido,desligado,enquanto eu vou conversar com os outros.
O celular desta vez foi o que ficou calado ,e aprendeu que todos temos valor,mas que ás vezes somos esquecidos para dar lugar às coisas novas.

Nicole Thais Bueno



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quinta-feira, 15 de maio de 2014

É tudo o que sinto - Paulo Leminski | Poema


É tudo o que sinto

Inverno
É tudo o que sinto
Viver
É sucinto.


Paulo Leminski 


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sexta-feira, 2 de maio de 2014

O Esmalte e a Acetona - Nicolle Stasiak Bahniuk | Apólogo


O Esmalte e a Acetona.

O esmalte e a acetona eram grandes amigos, mas, quando chegaram no salão de beleza, mudaram radicalmente suas personalidades. Eles brigavam, discutiam, nem se olhavam. De repente houve uma discussão:
-Hei mocinha! Eu sou muito mais importante do que você! A dona manicure faz belas unhas comigo, fica horas e horas comigo em suas mãos, deslizando de um lado a outro, e você não! -dizia o esmalte.
-Fica quieto esmalte, sem mim, as unhas ficam borradas, sujas, e mais uma coisa, como vamos fazer novas unhas? Não podemos fazer uma em cima da outra!!!
-E água serve para que senhorita?!?! -retrucava o esmalte.
-Aff, pelo jeito com você não tem acordo né! Tchau! -e a senhora acetona foi saindo de fininho sem dizer mais nem uma palavra.
-Não tem mesmo!!! -gritou o esmalte irritado.
Depois de um tempo o esmalte arrependido foi logo conversar com a acetona.
-Acetona, você viu o que acabamos de fazer? A Gente quase destruiu nossa amizade por uma besteira.
-Pois é, também estava pensando nisso....
-Perdoa-me, Acetona?
-Simmmmmmmmm!!! Eu já estava com saudades de você - falou a acetona meio emocionada.
Desde então eles voltaram a ser amigos de novo, e são amigos para sempre...
Afinal a amizade é o que importa.

Nicolle Stasiak Bahniuk



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